Descanso para um Gigante...

No início o gigante era um parque...
sem qualquer preocupação a gente corria o tempo todo...
era um campo de futebol e pouco importavam os gols...
quem conseguisse catar mais copos vencia...

Passados alguns anos a diversão era comer...
assistindo os jogos a barriga ficava cheia...
em jogos cada vez mais cheios e mais decisivos...
a prioridade ainda eram os picolés, os chips e o tropeiro...

O tropeiro...
o que deveria ser almoço ou jantar,
tantas vezes foi o almoço e o jantar...
não tinha hora pra ir embora dos bares...

Os bares...
sempre ali no bar 26... Barra Longa...
cerveja permitida, o dia virava noite,
e por pouco a noite não virava dia...

Os churrascos do lado de fora...
cada vez mais jogos, mais tensos e consequentemente com menos vitórias...
os tempos já eram outros...

e quarta feira, quando o juiz apitar o final do jogo
quero ver meu time vencer o jogo, só isso...
ao lado dos amigos, primos e irmãos
despedir do gigante da pampulha tal qual conhecemos...

não é o fim do mineirão... é o início de um outro...
aquelas histórias, tão passadas, ganharão contornos de devaneios...
é um descanso merecido para as trêmulas estruturas do gigante...
geraldinos e arquibaldos serão todos de cadeira numerada...

Paulo César Garro
Terças nem sempre insanas... Se preparando pro "até breve" da toca 3...

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