Eu sou egoísta.








Cantar tem sido doloroso.


Eu canto pra quem?


Maçã pras cordas vocais.


"Agora toca aquela?"


Não, nem com mel.


Que o sapo pule na lagoa quantas vezes quiser.


Eu não sou sapo,

não quero ser sapo,
não gosto de sapo.


pra mim o sapo é feio,
e pra mim, o sapo é um problema só dele.

Pouco me importa se ele pula na lagoa.




Duvido que ele acha a vida boa só por pular na lagoa.




Eu canto pra mim.




Depois penso nos outros.




E mesmo assim, essa prática tem sido dolorosa.




Eu sou ego, sou ísta.








E assim minha viola vai...











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Hoje é segunda-feira, segundas mornas intenções.





Miro Jones

3 comentários:

Danilo Dan disse...

Eu vou cantar, tudo que vier na cabeça eu vou cantar...

Toni Meiras disse...

Eu canto porque o instante existe e minha vida está completa, não sou alegre nem sou triste: sou poeta!

E viva Victor & Léo!

Paulo César Guimarães disse...

pô eu gosto padaná de "que vida boa..."