As pessoas continuavam o velório mesmo com a falta de um defunto. O cortejo seguiu firme, madrugada a dentro, entre as alegrias e tristezas lembrando de tudo que aquele falecido já havia feito.
Eles usavam pretos, comemoravam em preto, a mistura de todas as cores, pois só assim, com várias representações para poder ter alguma chance de tripudiar sobre aquele que não havia oferecido-lhe qualquer chance de se vingar.
O cortejo seguia mas parecia que faltava algo, os gritos de euforia logo se calavam com a pergunta que vinha para a mente... Velava-se um defunto que não havia sido encontrado, talvez por isso a cena de assassinato acontecida na noite anterior ainda doesse tanto.
Não havia o conforto do ultimo adeus... Ainda há o temor dele reaparecer...
PC Guimarães
Terças nem sempre insanas... quem dera fosse...
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