Aprendendo a Jogar...

E o meu pequeno companheiro se foi de verdade. Me preparei bem para a despedida a doença era sintomática e visível e em questão de tempo ele seguiria seu caminho sozinho...

Seu sorriso e energia foram aos poucos se apagando... Ele era somente uma caricatura daquele menino travesso de outra estação... Já tinha visto esse filme antes e sabia que o final seria o mesmo. Estava firme e confiante na providência divina.

Mas a hora que a dor vem, meu amigo, a gente chora... Na hora de tomar a decisão sensata e menos egoísta, a gente chora... Na hora de ver uma mãe despedindo-se do seu filhotinho, a gente chora... Na hora que a gente vê o nosso pai, petrificado como ele só, aos prantos, a gente chora... As lembranças, nesse caso incluem-se as boas, vão apertando em forma de saudade até que uma hora, a gente chora...

Desde aquele fatídico atropelamento eu não perdia ninguém tão próximo e em 2 meses perdi meu "guru" e o meu companheiro de absurdos noturnos e soturnos em Curvelo... Agora lá sou somente eu... E o Mestre Consolador...

Certa vez, um amigo disse que o problema em morar longe era perder alguém sem ter tempo de voltar... Mas e quando perde-se alguém no local distante? Amigos e família me ajudando mas não está sendo fácil...

"cada vez que me despeço de alguém, pode ser a última vez que vejo essa pessoa"...

Saudade enorme e doendo...

Terças nem sempre insanas... terças de terças mais doloridas...
Paulo César Garro

Um comentário:

O Contador de Geografias disse...

Saudades de Você cara...o bom de ler o quê você escreve é que faz com que esteja aqui do lado...grande abraço Pc.