Quem são estas pessoas no completo alheamento de suas próprias
existências? Quantos de fato conseguem perceber a torpe ilusão de tudo isso,
vida não existe são apenas autômatos que cumprem seu doloroso “fado” dançando,
alguns escutam melodias torpes enquanto outros leem as “boas novas” do
Jornaleco.
Mulheres, homens, jovens, crianças e idosos, todos são
exatamente a mesma coisa, insistem, ou mesmo nem desconfiam, na repetição diária
do cotidiano. São como insetos operários do dia a dia servindo unicamente ao
proposito do REI, ao final de mais um dia, ou será menos um dia, retornam espremidos
para a distante “colônia”.
A noite cai e dentro de cada compartimento da doce “colônia”-
metrópole eles recebem sua dose diária de ração e de alienação. Consomem
avidamente as misérias da ordem social vigente e se deliciam com sátiras de sua
própria dor e fingem um bem estar simulando o comportamento que o nobre REI
deseja.
Observo de dentro da “colônia” o REI se reinventar a todo o
momento, as tropas a sufocar a realidade ou quem a percebe, fazendo de tudo
para manter a ilusão. Eu mesmo me sufoco na ordem aparente das coisas e na
tarefa que me cabe na “colônia”.
Até quando...
Rafa Bueno 30/10/2012
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