Num sonho conversavam sobre os homens


Acordei com medo da morte e do depois da morte,
Senti-me sozinho,
E de fato estava.
Uma olhada ao espaço e suposições sobre gases nobres nas órbitas de planetas gigantes vieram a minha cabeça, continuei só, haja sono.
Dei gargalhadas ao ver na televisão um jornalista todo engravatado, mas lamentei quando noticiou o que acontecia em uma parte qualquer da Terra, era a guerra contínua que assola o planeta azul,
Morrem civis assassinados em todas as direções.
Querem vida eterna!

Depois que me confidenciaram que a vida é um sopro,
Torci para que ventasse, pois além do calor que fazia,
Inocente imaginei que pudesse aparecer novamente a vida.

Animal mais estranho esse ser humano.
Acredito que os animais se reúnem toda vez, na copa de uma floresta tropical,
Para rirem da gente,
Contar os nossos defeitos,
Lamentar o morticínio que arrasa o mundo.
E quando aproximamos se debandam,
Pois somos nada mais que assassinos,
Mimados,
Egocêntricos e coisa e tal.


Uma paz se dá em minha frágil mente.
E num sopro que invade o quarto
vem a esperança pitoresca de imaginar um casal de bicho preguiça,
No auge de sua lentidão conversando:
“Lembra quando éramos assim?”
“Sim, ainda bem que evoluímos!”


Nil Karamázovi

Nenhum comentário: