A infância no canto da cigarra.



Na última sexta-feira eu "viajei de trem" para o ano de 1994, aproximadamente.


No campus da Universidade, caindo o fim da tarde, me deparei com uma porção de de cigarras cantando ao mesmo tempo naquele aglomerado de copas de árvores.


Aquele canto me lembrou do entardecer de domingo.

Domingo que, depois do meio dia passa a ser nostálgico, ficava ainda mais quando as cigarras cantavam: era hora de largar o futebol de asfalto e ir pra casa.


Minha mãe sempre diz que as cigarras avisam sobre a chegada da chuva.


Mas pra mim, as cigarras pontuavam o fim do dia.

Me dizia que era o fim da brincadeira,

Hora de ir embora,

Tomar banho, dormir e esperar a segunda-feira.



Hoje, depois de grande, outras cigarras pontuam meu dia.


Cigarras do canto pesado.




_________________________



Miro Jones, hoje é segunda-feira das crianças, da infância, da nostalgia.

Nenhum comentário: