
"Que tudo o que passa, passe bem" ( Paulo Leminski ).
É fácil perceber as formas da coisas materiais.
Uma mesa, uma TV, uma batata frita ou uma bolsa.
Mas e as formas de coisas imateriais como os sentimentos?
Um dia desses me peguei dando forma, cor, peso e cheiro para a paixão.
Se eu pudesse arrancá-la de alguma parte do meu corpo, como seria o contato das minhas mãos coma paixão?
Na minha percepção, a paixão seria como um músculo de cor cinzenta com leves tons de roxo, mais pesado que chumbo, pastoso como uma geleia que gruda nas mãos e só sai após de vários jatos d'água.
Não tem cheiro.
Cheiro algum.
Mas o fato de a paixão ser como uma geléia não significa que ela possa mudar de forma como um líquído em diferentes recipientes.
Sua forma é constante e, de preferência, voltada contra você.
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Miro Jones,
Hoje é segunda-feira, segundas mornas intenções.
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