Toda turma tem um avacalhado.
Aquele que, sabe-se lá por quais motivos, apronta todas quando a brincadeira está no ápice da alegria.
Eu sempre detestei quando a brincadeira era interrompida por um avacalhado, mas nem me dava conta do quão avacalhado eu era.
No passado, a rua da minha casa era repleta de árvores, e no fim da tarde aquela região já ficava bem escura, as copas das árvores criavam um clima e esconderijos perfeitos pra brincar de pique esconde.
Todos sempre tentavam encontrar o melhor esconderijo, aquele lugar onde ninguém ainda havia pensado em se esconder.
Quando, finalmente, chegava a minha hora de esconder (pois cabia a mim sempre a função de contar e procurar os colegas) eu procurava uma forma de ninguém me encontrar e de deixar o colega me procurando por horas e horas até a brincadeira, enfim, terminar.
E ninguém me encontrava, ninguém...
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Hoje é segunda-feira, segundas mornas intenções (o penúltimo post em terras lusitanas).
Miro Jones,
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