Infância Azul...


Sou nascido em uma família em que a imagem do Cruzeiro sempre resplandeceu e desde pequeno freqüento estádios de futebol...

Ainda sem entender o que estava acontecendo eu e meus primos, estávamos no Mineirão para brincar, o Gigante da Pampulha sempre foi a nossa segunda casa, enquanto nossos pais assistiam às grandes conquistas da década de 90 nós estávamos catando copos pelas arquibancadas, no final do jogo quem tivesse mais copos ganhava um refrigerante a mais que os outros...

Pouco me lembro dos jogos da supercopa com minha avó, meu pai, meus irmãos e meus tios, queria tanto lembrar mais...

O tempo foi passando, minha avó se foi sem ver aquele time de 2003 que mereceriam aqueles mesmos comentários saudosos sobre o time de 66 "vocês tinham que ter visto como aquele time jogava, a gente vinha para o campo para saber do placar, a vitória era certa", continuamos a sina de ir ao Mineirão em todos os jogos, família junta ou separada, a resenha nas festas de família sempre foi a nossa grande diversão.

Entre um gol e outro narrado pelo grande e inconfundível Vibrante, me recordo de minha avó, meu pai e das emoções que o só o meu time me proporciona, me fazendo lembrar aquelas primeiras sensações da vida, quando tudo era novidade em que o Cruzeiro e minha avó eram base da união dessa família.

Cresci vendo um time que apesar de não encantar como em outras épocas contadas, conquistava títulos e mais títulos e vi essa torcida se multiplicar em proporções chinesas, daí a CHINA AZUL.

Apesar dos compromissos que a vida impõe, sempre acompanho o time, ao lado de família, amigos e desconhecidos, me entristecendo cada vez mais com as noticias sobre violência nos estádios, e sentindo enorme saudade da minha avó e da infância nos jogos do cruzeiro...
PC Guimarães
Terças nem sempre insanas

Um comentário:

Toni Meiras disse...

...o céu é azul como o mar azul...