A FORÇA QUE NUNCA SECA

Vem aí o futebol!

Palcos cheios como circo

Faça chuva ou faça sol

A bebida é proibida

Mas há beijos pras torcidas - sustenidas ou bemóis

Não arrisco meu palpite

Mas palpito o coração

Vejo uns times favoritos

Ouço um tanto dando gritos

Sinto a onda da emoção

O Galo precisa cantar, acalentar sua legião

O CAP vai fazer valer seu apelido de Furacão

Avaí é o time de Guga, outro mais não conheço alguém

Pior é o Barueri que não é time de ninguém

Também tem a sina de choro do Glorioso Fogão

E tem o Gordo cracaço da moda, da proa e Timão

O Coxa que faz os cem anos pintando como uma surpresa

Raposa, arisca e mortal, em busca de mais uma presa

O Mengo já contagiante com a sua infinita Nação

O Flu com o velho Parreira e com boas fichas na mão

Goiás segue o eterno reinado da turma do Planalto Central

O Grêmio mais preocupado em se manter Imortal

O Inter com força total, gauchescamente na fita

Timbu que tome o cuidado de não rosear sua escrita

Surgindo o alviverde imponente com falhas e fatos e graças

E o Santo André aparece com uns idos que um dia eram farsas

O Peixe tem lá seus garotos marotos na bola e no campo

São Paulo sete vezes será? Os outros que achem seus prantos

O Sport levando Recife à América e, quem sabe, à Arábia

E finalizando o Vitória que joga com garra e com mágoa

Danilo Meiras