Nova Roupa Colorida


Picotando a velha roupa
Coloriu e desbotou
Saqueou tal qual estopa
Fez à mão uma mão louca
E a tesoura desconfigurou
Na cadência da ligeireza
Cuja ideia filosofou
Armou a alma na certeza
Seja na cama, sala ou mesa
A mesma mão cortou a flor
Essa roupa já não serve
Encolheu e descoloriu
O passado ainda ferve
Na dimensão de uma bola de neve
Que rolou, cresceu, viveu, sumiu
Mas restaram as migalhas
Tão presentes e com farrapos
Alinharam às poucas tralhas
A uma haste se embaralha
Fez bandeira desses trapos
Danilo Meiras

3 comentários:

Danilo Dan disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Danilo Dan disse...

...bordando os trapos da vida com arte...

Paulo César disse...

pedaços de histórias...