Dylan e seus dilemas


Não quero saber de Deus
Ele anda muito ocupado com os ateus
Que eles resolvam os problemas deles
Que eu resolvo os problemas meus
*
*
Meu coração partiu
De um lado gelou
No outro faz frio
*
*
Tem gente que se esconde
Atrás da carapuça do bem
Usam palavras celestiais como se fossem cornetas
Transformam um deus em capeta
Brincam na russa roleta
E quase não ganham parabéns
*
*
Hoje não acordei bemol
Muito menos sustenido
Nem Leminski faz mais sentido
*
*
Ah, mundo velho sem porteira...
Da ribanceira ao abismo do chão
Clareia o clarão que se incendeia
Na pequena lareira em minha mão
Ah, mundo velho sem porteira,
Incendeia o meu coração
*
*
Hai Kai
E quebra!
Danilo Meiras

2 comentários:

Danilo Dan disse...

Qual é o seu limite, se é que ele existe....

Paulo César disse...

corações dylacerados, mas são apenas corações...