A Poesia Primordial: A criação do Universo.


Não se sabe bem ao certo como aconteceu, uns dizem que foi com uma explosão monumental, eu particularmente desconfio que o universo nasceu de uma necessidade poética que fazia parte de DEUS.

Havia muito tempo nosso Grande Arquiteto estava muito só nessa eternidade toda. Durante todo esse tempo ele criava as coisas com que sonhava povoar o grande vazio que habitava a eternidade. Havia criado uma multiplicidade de sons, imagens, animais, diversos seres celestiais e outros nem tão evoluídos, mas tava tudo ali no pedaço de papel chamado vazio. Mas nosso Grande Criador não sabia qual era o ingrediente para materializar aquelas criações, mal sabia ele que a energia de necessária era a gerada através dos sonhos, bastava aprender a sonhar acordado que nosso mundo seria criado. Sonhos são o pensamento desordenado e cheio de substancia mágica e potencial criativo infinito.

Foi então que numa dessas “noites” vazias, já que as estrelas e nem as luas existiam, Deus se pegou sonâmbulo e criou uma coisa chamada ESPAÇO. Acordou e sem entender viu um enorme Espaço...o vazio havia deixado de existir. Meio atordoado e trôpego, começou a percorrer aquela enorme extensão de espaço. Alguns desavisados irão achar que vazio e espaço são a mesma coisa, mas não...basta perceber que um coração vazio está cheio de nada, não tem espaço...mas já um coração com espaço pode conter a vontade de amar as coisas e essa é uma das possibilidades de se preencher...

Demorou uma Eternidade para percorrer aquela imensidão de Espaço, Deus percebeu que o vazio havia deixado de existir e que aquele novo lugar tinha a possibilidade de receber os sonhos e teve a sensibilidade de ver que o Espaço que havia criado era do tamanho do seu amor e viu que era bom e infinito. Agora o desafio era descobrir o mecanismo que disparava o sonho...mas esses deveriam ocorrer enquanto ele estivesse acordado pois só assim a dose de “lunaticidade” da criação seria a ideal.

Deus pretendia viver num eterno estado de sonho, queria viver como um maluco beleza, que cantava e das letras de sua música gerava vida e foi em um de seus rascunhos que descobriu que precisava criar a infância... e assim a assumir a forma de um Deus diferente do que ele era...deveria ser como a criança do seu rascunho de infância. Cansado de maquinar como deveria disparar os sonhos acordado, dormiu segurando aquele projeto de criança contra o peito. Sonambulicamente, novamente a mágica aconteceu e Deus num desses seus devaneios quiméricos criou a infância e junto com ela a sua forma mais bela e criativa a criança ele próprio havia conseguido se tornar uma.

Acordou assustado e viu que o Espaço estava escuro de mais para uma criança...sentiu medo e começou a imaginar e criar coisas que faziam uma angustia nascer no seu peito criou o medo...seu primeiro medo o do escuro num espaço tão eterno quanto aquele...agora Ele percebia que sua capacidade de criação havia despertado com plenitude nas suas atitudes de Deus menino e sorriu...desse gesto nasceu um pingo de luz..então gargalhou e viu que o pingo agora era uma bola incandescente a trazer claridade e calor para aquele Espaço. Isso havia criado o primeiro sol, colorido e radiante, capaz de gerar energia na forma de calor e de ondas eletromagnéticas, esse sol pulsava como um grande coração e desse pulsar incessante nasceram as primeiras estrelas e assim todo o espaço estava repleto de estrelas e pequenos sóis que se desprenderam daquele sol maior.

Foi uma festa a criação do firmamento o Deus, agora feito menino, pegava carona em cometas, entrava por buracos negros e saí do outro lado. Faltava um nome para aquele espaço povoado agora de estrelas e sois, buracos negros e super novas, depois de muito matutar o Deus menino riu-se todo e pensou assim “essa é uma poesia de uma só estrofe, então é a Poesia Primordial o “UNI – VERSO” assim ficou batizado toda aquela imensidão estrelada. E agora o Deus menino tinha toda uma eternidade para povoar o universo com suas criações e com os seus sonhos.
Trecho do Cap 1 do livro: A Criação Divina, segundo a Fantasia e outras ciências quiméricas.
Escrito em Colaboração entre: João dos Navegantes, D'avila Bueno, Rafael Bueno e outros espiritos....

Um comentário:

Danilo Dan disse...

...e os poetas ficam parodiando a poesia de DEUS....