Ausência

Essa ausência toda de mim, me fascina e esqueço
Essa falta toda que tenho do eu, egoísta
Seguirei esquecendo cada segundo do fui
Seguirei me reinventando nas lacunas dessa fantasia
Vou caminhar perdendo memória e refazendo histórias
Anularei a insistência em lembrar desses tempos entorpecedores
Loucamente mergulho no caos das memórias que se vão
Nos interstícios dessa realidade viverei...assim mesmo a margem das lembranças
Paraquedista da nova vida...seguirei sem memória alguma

Fundamentarei cada passo no esquecimento das "alegrias" e "felicidades"
Minhas preferencias serão pela derrota diária do meu ego...
Desejos me pertençam, mas não eu a eles
Cada gesto será unicamente esquecido para ser novo e autentico
Para o amor levarei sempre um bom samba....
Lagrimas vão molhar meu rosto e mesmo assim seguirei sem saudade, sem nostalgia
As flores seguirão margeando essa nova estrada velha, chega de malmequeres
Essa ausência toda seguira me fascinando.


Rafael Bueno - Contando as Geografias da Alma - 17/12/2013

Nenhum comentário: