Reivindicações, Copa e Vandalismo



E o povo tomou as ruas, não tinha mais volta e nada que a presidente ou os prefeitos fizessem ou falassem retornaria as pessoas ao centro de todo o movimento, os ideais de melhoria do país. As pessoas que estavam nas ruas rapidamente se perderam, sem uma liderança que afirmasse os principais objetivos de estarem ali, descambou para o “reclamar contra tudo que está ruim”.
Os gastos do governo com a Copa do Mundo é um dos principais temas debatidos durante essas manifestações em todo território nacional.
Dizer que essa discussão tinha que ter ocorrido há anos atrás parece desculpa esfarrapada, e o argumento de que nunca é tarde para os questionamentos é tão ruim quanto.
Pedir o dinheiro da Copa para investimento em saúde e educação, é bonito, é importante, mas demonstra enorme desconhecimento da distribuição dos recursos e da distribuição das responsabilidades (de quem cobrar) para a melhoria nesses setores em escalas federal, estadual e municipal.
A impressão é de que as manifestações ainda continuarão por um tempo já que são tantas coisas para serem questionadas no Brasil, que 15 dias ainda deverão ser mais 15, apesar de se esperar que as manifestações agora sejam mais espaçadas. Mas e o foco? Como pleitear reivindicações sem definição de prioridades dentro de uma pauta tão extensa como a de “problemas do Brasil”? Como saber de quem cobrar, já que cada vez fica mais claro que não cabe à presidente a resolução de todas os itens da cobrança da população.
Sem essa objetividade abrem-se os espaços para infiltração de elementos mal intencionados, seja para quebrar, saquear, guerrear ou prejudicar a imagem do movimento. Mesmo sendo uma minoria dentro deste processo democrático ela serão lembrados tanto quanto, ou até mais os que reivindicaram e deram a cara a tapa por um país melhor.

Paulo César Garro

Terças nem Sempre Insanas... Eu tenho medo de Belo Horizonte, eu tenho medo de Minas Gerais...

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