E fica parecendo que eu sou mentiroso,
Mas que culpa tenho se as histórias teimam em me encontrar
Se os diferentes personagens desse país insistem em me procurar...
A rota é sempre uma bem alternativa,
Campinas-Marília em um avião pequeno de hélices
Alguns lugares vazios, mas não o que se encontra ao meu lado...
Assim que o avião retira as rodas do chão um aperto,
aperto de braço, a senhora ao meu lado sem qualquer cerimonia
apertou meu braço como se fosse um pedaço de pano...
Estabilizado o voô, braço liberto, a conversa passa a fluir
Dona Cidinha conta que já viajou até pra Europa mas sempre acha que o avião vai cair...
Era o que eu precisava pro resto dos 45 minutos de turbulência...
Cada saculejo, que não foram poucos, era seguido de uma respiração profunda
Eu que já não sou muito valente começo a me procupar com a situação
Nem mesmo o suco de laranja acalma Dona Cidinha e agora é o braço da poltrona do avião que sofre...
Quando o avião inicia a descida, o otimisto latente de Dona Cidinha "ai meu Deus, é agora!"
A descida é bem turbulenta e pensando em salvar o meu braço ofereço a mão
E meu dedão em certos momentos ficava roxo...
Descemos e caminhamos pela pista como em um bom e pequeno aeroporto
Dona Cidinha estremamente agradecida pedia desculpas pelo incoveniente do voô
e eu agradecia por conhecer essas histórias de gente que grudam em mim...
Paulo César Garro
Terças nem Sempre Insanas... O que tem valor nessa vida?
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