
O aborto foi, é e sempre será um tema polêmico. Tanto pela religião quanto pela política e pareceres ora contra ora a favor. Para se ter uma ideia, alguns bispos considerados magistrais pela Igreja Católica já entraram em contradição sendo que um ou outro fora excomungado por ostentar tal opinião a favor da morte do feto de forma abortiva.
Lembro até de um caso recente em Pernambuco, ano passado, em que um padre excomungou uma equipe de médicos porque eles haviam feito o aborto em uma menina de 13 anos, por mais que o feto apresentava acefalia e a pequena mãe sofria sérios riscos de morte.
Outro assunto extremamente polêmico é a prostituição. Mais ainda quando esta se dá de forma em que o corpo é o objeto prostituído. Por mais que seja uma das profissões mais antigas da humanidade, a venda de si em busca da sobrevivência é criticada, mal vista e difamada por todos, sem exceção. Enfim, dois assuntos cercados de tabus.
Quem poderia por estes dois temas numa música? Ou um gênio ou um louco. Ou melhor, um bando de loucos. O grupo Tianastácia, uma das melhores bandas de rock surgidas nos últimos anos escassos de bandas legais.
Num programa de entrevistas na rádio 98 FM, logo à época do lançamento do primeiro disco de sucesso do grupo (Tá Na Boa), perguntou-se à banda sobre a musiquinha “Fazedora de Anjos”, que, num primeiro momento, soa como uma bobaginha qualquer. Foi aí que Maurinho Nastácia revelou:
- No dicionário Aurélio, Fazedora de Anjos é a parteira que faz aborto, e foi daí que surgiu a ideia da música.
Claro que todos piraram. E claro que foi uma genial sacada da banda ao unir os riscos da prostituição com a geração de um ser. E é claro que se trata de uma preciosidade.
Lembro até de um caso recente em Pernambuco, ano passado, em que um padre excomungou uma equipe de médicos porque eles haviam feito o aborto em uma menina de 13 anos, por mais que o feto apresentava acefalia e a pequena mãe sofria sérios riscos de morte.
Outro assunto extremamente polêmico é a prostituição. Mais ainda quando esta se dá de forma em que o corpo é o objeto prostituído. Por mais que seja uma das profissões mais antigas da humanidade, a venda de si em busca da sobrevivência é criticada, mal vista e difamada por todos, sem exceção. Enfim, dois assuntos cercados de tabus.
Quem poderia por estes dois temas numa música? Ou um gênio ou um louco. Ou melhor, um bando de loucos. O grupo Tianastácia, uma das melhores bandas de rock surgidas nos últimos anos escassos de bandas legais.
Num programa de entrevistas na rádio 98 FM, logo à época do lançamento do primeiro disco de sucesso do grupo (Tá Na Boa), perguntou-se à banda sobre a musiquinha “Fazedora de Anjos”, que, num primeiro momento, soa como uma bobaginha qualquer. Foi aí que Maurinho Nastácia revelou:
- No dicionário Aurélio, Fazedora de Anjos é a parteira que faz aborto, e foi daí que surgiu a ideia da música.
Claro que todos piraram. E claro que foi uma genial sacada da banda ao unir os riscos da prostituição com a geração de um ser. E é claro que se trata de uma preciosidade.
Fazedora de Anjos
Dor de alma como dói
Sofrimento é ganha-pão
E alma de anjinho chora
Que viu chegar sua hora entre porquês e razões
Ê, mãe, eles me aspiraram
Ê, mãe, cê deixou curetar
Ê, mãe, me arrancaram em pedaços
Ê, mãe, eu não pude chorar
Dor de alma como dói
Sofrimento é ganha-pão
E alma de anjinho chora
Que viu chegar sua hora entre porquês e razões
Ê, mãe, eles me aspiraram
Ê, mãe, cê deixou curetar
Ê, mãe, me arrancaram em pedaços
Ê, mãe, eu não pude chorar
Danilo Meiras
Nenhum comentário:
Postar um comentário