Num canto qualquer


Um brinde aos anjos caídos,
Ou aos querubins que arrancam suas próprias asas
e voam nos bares sujos da cidade.
Voado nos cantos desafinados
e quase esquecidos dos velhos.

Canto e cantam sem violão.
Hoje é apenas os corações dos velhos lembrando algo distante.
Eles cantam baixinho,
Sussurram os versos,
Talvez para não acordar o filho.
Mas este já não dorme em casa.
Tudo bem deixe ao menos a lembrança.
Como um tocador de tamborim,
Sem tamborim, apenas voz.
Calando a insensatez da praça.


A juventude é linda,
Bonita e fútil.
A caretice da juventude é um nojo,
Não fumam,
Não bebem,
E querem viver muito!
Para quê meu Deus?
Para trabalhar em escritórios?
Então eu morro...feliz
Nil Karamázovi no claro,nublado 02 de setembro, vai entender...

3 comentários:

Paulo César disse...

dormir só pelo prazer de sonhar...

O Contador de Geografias disse...

sonhar só pelo prazer da eternidade....

Miro disse...

Conto contando conto.