E o meu lugar?

Na rodoviária de Belo Horizonte, partindo para tentar novamente uma vaga no interior. Prossigo a minha busca, busca essa que nem sei exatamente de quê, mas já percebi que não irei encontrar em BH.

Apesar da correria, cheguei com antecedência de 01h da partida do ônibus e sentado em meio a tantos estranhos espero pela hora da minha partida.

Os minutos passam devagar, uma estranha vibração surge, é meu celular, meu pai avisando que já está em casa e me desejando boa sorte. Mas qual seria a melhor sorte? A procura de algo novo, algo que desafie, não, ainda não é isso, é quase...

O pensamento voa de encontro ao futuro e imagino como seria essa vida sozinho em outro lugar, sinto novamente vibrar, é minha linda, uma mensagem de carinho e força, e a partir desse momento os minutos começam a voar, na intensidade do pensamento nela, nos nossos momentos, no nosso futuro, no inicio, no fim, me bate uma saudade de estar ao lado do meu amor, penso na besteira de ir para tão longe se o que eu mais quero é estar ao lado dela, tão próximo.

O alto falante anuncia a partida em 15 minutos, me acomodo em minha poltrona e passo a observar as luzes da cidade e o pensamento em quantas vezes faria este caminho, em quantas vezes minha linda terá que fazer este caminho para que possamos ficar 2 míseros dias juntos, a saudade bate forte demais, será maior ainda quando estiver morando em outro lugar, pode ser que não seja dessa vez, mas irá acontecer... Com o pensamento no meu amor a viagem passa rápido e antes que eu dê o primeiro cochilo já estamos em Pará de Minas, tento me concentrar um pouco na tarefa que ainda tinha pela frente, dar aula para uma banca de professores, e isso me fez rapidamente cair no sono, curto, o motorista avisa bem baixinho, parada de 20 minutos...

Logo, a chegada ao destino, ainda são 04hs da manhã e uma espera mínima de 06h na rodoviária me aguarda, mas é uma história para semana que vem...

PC Guimarães